quarta-feira, 20 de junho de 2012

COLUNA



Se o que nos consome fosse apenas fome...

Na última coluna falei sobre a fome de ler, que de nada adiantaria ter a faca e o queijo na mão quando não há gana de se alimentar. Mas e se a fome existe e nosso conhecimento “culinário” é limitado? Nos contentaremos com o feijão com arroz?

Portanto, se a intenção desta coluna é instigar, despertar a fome, nada melhor do que algumas receitas básicas da variada gastronomia literária. E daqui para a frente, podemos associar esta coluna com um variado livro de culinária. Um livro de receitas? Eu diria um livro de ingredientes. Pois, diferentemente da arte do forno e do fogão, a arte que desperta a fome de leitura não tem fórmulas prontas, cabe ao chef distribuir os ingredientes e deixar que o leitor/devorador se delicie e encontre seu caminho.

Assim, nossas próximas conversas girarão em torno de gêneros não muito canônicos, tentando uma aproximação do leitor com um livro, seja ele de qual estilo for. A intenção também é privilegiar textos que não estejam na mídia, ou no front dos mais vendidos. A ideia é abrir o leque de possibilidades e deixar que o sinestésico cheiro da comida quentinha invada os narizes literários de cada um.

E que cada um coma o que melhor lhe aprazer, pois o paladar literário é tão variado quanto aquele que constitui um dos nossos cinco sentidos primordiais. O importante é não deixar ninguém com fome.





Paulo Olmedo
Formado em Letras-Português, pela Universidade Federal do Rio Grande – FURG. Atualmente é mestrando do Programa de Pós-graduação em Letras – Mestrado em História da Literatura, pela mesma instituição. Escreve contos e tem experiência na área do audiovisual e teatro. É dono do blog Vida Irreal (http://www.pauloolmedo.wordpress.com/).

Um comentário:

  1. E ai meu! Fique curioso com o que tu vais propor aqui. To no aguardo... abraços!

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